quarta-feira, 7 de março de 2007

SEIS ANOS DEPOIS, GEORGE W. BUSH VEM AO BRASIL PARA ENCHER O NOSSO SACO E LEVAR O NOSSO ÁLCOOL!

Na manhã de hoje, 08 de março de 2007, Dia Internacional da Mulher, chega ao Brasil, mais precisamente em São Paulo, George W. Bush, o “presidente da guerra”, como ele mesmo se definiu uma vez. Nós estávamos livres dele há seis anos. Desde que assumiu o seu primeiro mandato ele não se importou nem um pouco com a América do Sul, e eu nem um pouco por ele não ter se importado com a gente! Aliás, eu achei foi bom demais!!

Esse homem só se importa com algo se isso significar algum lucro ou domínio por parte dos EUA. O Iraque é o exemplo clássico e acabado. Baseados em mentiras ele invadiu a segunda maior reserva de petróleo do planeta às custas de, até, 650.000 iraquianos mortos. Contas mais "modestas" falam em um mínimo de 50.000 civis assassinados.

Esse homem iniciou a invasão do Iraque matando civis. Um informe da sua “inteligência” dizia que Saddam Hussein e os filhos almoçavam em um restaurante em Bagdá. “Bombas inteligentes” foram lançadas contra o local, mas lá só havia civis. Foi assim que George W. Bush iniciou a invasão criminosa do Iraque no dia 20 março de 2003 – matando civis iraquianos. A conseqüente ocupação, que eles pensavam que duraria alguns meses, completa quatro anos justamente neste mês em que ele resolveu botar os pés na minha cidade.

E ele chega aqui com uma comitiva de milhares de pessoas, entre as quais 300 agentes do FBI e da CIA (aquela que mantém prisões secretas ao redor do mundo com “suspeitos de terrorismo”, só para ficar na mais recente denúncia contra essa agência criminosa). Eu pergunto – como é que as ditas autoridades de Brasília permitem essa quebra de, vamos lá vai, nossa soberania? É o PT queimando as últimas sobrinhas do discurso de esquerda que utilizava “enquanto” era de oposição. Mais de 5.000 homens das Forças Armadas Brasileiras, além de veículos, helicópteros, etc., serão disponibilizados durante a visita de dois dias dessa persona non grata a São Paulo, que também vai atrapalhar a vida das pessoas que vivem e trabalham nas áreas que esse cidadão belicoso visitará.

Ele não vem ao Brasil à toa. Dizem que é para tentar reduzir uma suposta influência do presidente venezuelano Hugo Chaves na região. Mas, até prova em contrário, o motivo principal é mesmo o nosso álcool combustível. Os brasileiros bocós de sempre festejam esse interesse. Existe uma sobretaxa absurda para a entrada do etanol brasileiro nos EUA, o que pode mudar porque, mesmo sendo o segundo maior produtor desse combustível (de milho e polpa de celulose) no mundo depois do Brasil, para tentar cumprir as metas sugeridas por Bush de substituição do combustível fóssil por vegetal em um período de dez anos, sem o nosso país eles não conseguirão. E é aí que mora o perigo: resolvidas as questões monetárias, a que custo será isso?

Conservacionistas dizem que custará a destruição de mais florestas e a substituição de cultura de subsistência por de cana de açúcar direcionada à fabricação de combustível. Os defensores da idéia dizem que existem terras de sobra (áreas de pastagens não utilizadas, por exemplo) para aumentar o plantio sem precisar derrubar nada. Isso é uma mentira porque ninguém vai pagar milhares de reais por terras que deverão ter seus preços aumentados pela procura sendo “mais fácil” derrubar “mato inútil” quase gratuito. Sem falar que a fome de combustível do país de 300 milhões de habitantes que consome mais de 1/3 das riquezas do mundo, que importa US$ 1,9 trilhão de dólares por ano (Brasil = US$ 100 bilhões) é imensurável e vai fazer com que o álcool combustível para os brasileiros fique mais caro porque, na insanidade capitalista, quanto maior a procura maior o preço!

O espaço é curto para uma questão tão longa. Mas eu sei que o presidente que tem as mãos sujas de sangue de crianças, homens e mulheres, carrega a destruição por onde passa. Dessa forma, apesar do meu eterno ceticismo e descrença no coletivo, cabe a nós fazer o trabalho que os burocratas de Brasília nunca fazem porque eles só entendem de teorias. Refletir, fiscalizar, cobrar e lutar pelo que é nosso acaba sendo a nossa missão. A Internet é uma ótima ferramenta para isso. Não vamos cair na burrice de deixar que mais uma vez decidam por nós. Não temos outra alternativa a não a de entender que já passou da hora de deixarmos de ser um país para nos assumir como nação.

Um comentário:

patriaarmadaeroubada disse...

É velho.... O barato é loco, como dizem por aí... 500 anos se passaram e por aqui nada mudou. Um dia fomos colônia portuguesa, hoje, somos colonizados-escravizados-endividados dos nossos hermanos fascistas do norte... O que dizer? Por enquanto ainda temos esse espaço para nos expressar e divulgar um pouco das atrocidades desse mundão véio sem porteira... Pena que o Bullshit não conheceu Mussollini. Tenho certeza que seriam grandes amigos... E essa amigável visita aos solos brasileiros me deixou um tanto preocupado. Fiquei pensando quanto tempo ainda temos antes que nos levem aos porões de um novo Dops, Doi-codi ou coisa que o valha, para nos indagar sobre o conteúdo dos nossos blogs. Creio que eles estão com os dias contados. Seremos considerados subversivos, terroristas e incitadores de revolução. Do jeito que as coisas vão, criarão uma lei que obrigue o uso do cabresto em todos aqueles que usem um pouco da massa sua cinzenta. Essa descrença a qual você se refere é apenas consequência de anos de abandono. Quanto mais ignorantes, menos questiona-se o governo. Mas nós não. Não nos vendemos. Não fazemos concessões. Não abrimos exceções. Gostem de nós ou não, não mudamos nossas opiniões. É isso aí, guerrilheiro. Falemos enquanto estamos vivos. Nossas crianças crescem acreditando em estórias da carochinha. Coelhinho da páscoa. Fada do dente. Papai noel. Que nada! Quando deixarão de esconder a verdade? Esse é o grande barato da coisa. Falar e ser ouvido. É isso. Desistir, nunca! Render-se, jamais! Papai noel, velho batuta, rejeita os miseráveis....